sábado, 20 de agosto de 2011

A tigela de madeira


Um senhor de  idade foi morar  com seu filho, sua nora e seu netinho de quarto anos de idade.  A  família comia reunida  à  mesa, porémas  as mãos trêmulas e a visão  falha do avô  o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas  rolavam  de sua colher e caiam  no chão, e ele fazia muito ruido enquanto comia. 

Até que, certo dia, seu filho  e nora irritaram-se  com a bagunça. Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai, disse o filho. Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão. Então, eles decidiram  colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o  avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Por conta de alguns pratos quebrados, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô  sentado ali sizinho, as vezes eles tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram  admoestações  ásperas  quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia  a tudo em silêncio. Uma noite,  antes do jantar, o pai percebeu que o filho  pequeno estava no chão,  manuseando um pedaço de madeira. Ele perguntou  delicadamente  a criança: ”O que  você está fazendo?” O  menino respondeu docemente: ”Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe  comerem, quando eu crescer”. O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas  palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então, lágrimas  começaram a escorrer  de seus olhos. Embora ninguém  tivesse falado nada, ambos  sabiam  o  que precisava ser feito.

Naquela  noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa  da  família. Dali para frente e até  o final de seus dias, ele comeu todas as refeições   com a  família. E por alguma razão, o marido e a  esposa não se importavam   mais quando um garfo caia, leite era derramado ou a toalha  da mesa ficava  suja.

De uma forma positiva, aprendi  que não importa o que aconteça , ou  quão ruim    pareça o dia de hoje, a vida continua , e amanhã    será  melhor. Aprendi que  se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela  lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das  luzes de uma árvore de natal que se  embaraçaram. Aprendi que não importa o tipo de relacionamento   que tenha com seus pais, você sentirá  falta deles quando  partirem. Apreendi que  saber ganhar a vida não  é a mesma  coisa que saber vive-la.

Apreendi que  a vida, às vezes, nos dá uma segunda chance  para  sermos   melhor  e tratar  as pessoas,  principalmente   nossos  pais   e filhos,  que  são  nossas riquezas.


(Autor desconhecido e  Adaptado  por  M . P  S.)         

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