quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Parece mentira, mas aconteceu



Então saiu Ló e falou a seus genros, aos que estavam para casar com suas filhas, e disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade. Achavam, porém, que ele gracejava com eles. (Gn, 19: 14)

Sodoma e Gomoara, aquelas duas cidades impenitentes do Velho Testamento, seriam destruídas com fogo. Por que o Deus do Velho testamento parece cruel e sanguinário no ponto de estar sempre matando, enviando fogo, dilúvios e pragas? Como entender este aspecto do caráter de Deus?Lembremos-nos em primeiro lugar que a vida não é só respirar e movimentar-se neste mundo; a vida é mais do que um período de tempo. A vida é Deus, é Jesus. Homens que deliberadamente se afastam de Deus e não o têm em contra para nada em sua existência, podem continuar respirando mas não vivem, apenas existem.

Os habitantes de Sodoma e Gomoara tinham se afastado voluntariamente do Deus da vida. Parar de respirar era uma questão de tempo e eles pararam de existir consumidos pelo fogo. Você pode pensar que isto é cruel para os padrões de ética e moral de nossos dias, mas, se alguma vez você já viveu o inferno de uma vida sem acaristo, a loucura, o desespero e a vontade de morrer de uma pessoa que não tem Deus, talvez você consiga ver o assunto de outro ponto de vista.

Entretanto, a mensagem de hoje não analisa este tema. A essência da mensagem é a incredulidade humana diante do perigo iminente. “Parti deste lugar”, foi o conselho do velho Ló, “porque o Senhor destruirá esta cidade. Mas isso pareceu aos genros um gracejo.”

Ao analisarmos hoje as Sagradas Escrituras, chegaremos à conclusão de que Cristo não vai tardar muito em voltar à Terra. Não existem mais profecias bíblicas para cumprir-se. Tudo se encaixa matematicamente no relógio do tempo. Estamos vivendo no fim. Mas se você contar isso para seus amigos no trabalho, ou mesmo para sua família, sem dúvida, eles olharão para você com olhos de incredulidade e pensarão que você está fazendo gozação. Sempre foi assim. Nos tempos de Noé, o povo o caçoava de noé e de seus filhos, dizendo: Você está louco, Noé, nunca caiu água dos ceus. A ciência diz que isso é impossível. Quando a Arca foi terminada, e as portas se fecharam, apareceu uma nuvem que foi crescendo até cobrir o céu de negro.

Então, quando as primeiras gotas começaram a cair, todo mundo correu e pediu ajuda, mas já era tarde de mais. Quer dizer que o medo de perder-nos deveria tomar conta de nosso coração e mente hoje e deveríamos procurar a Jesus? Não. Se você O procurar por temor, sua decisão durará pouco tempo, porque estará construindo na areia dos sentimentos.

Você precisa entender que Jesus o ama, que Ele quer vê-lo sempre feliz e salvo. Jesus não te deseja que você viva o vazio de uma vida sem Ele. Você precisa sentir a necessidade de amá-lo também, buscá-lo diariamente e permitir que Ele reproduza em você Seu caráter. Tome essa decisão agora e não deixa para amanhã. Talvez, o amanhã não virá para você.



Autor (M. P. S.)

sábado, 11 de novembro de 2017

As janelas da memória



Aprender a ter garra, determinação e metas de vida. Desenvolver uma rotina saudável para trabalhar, dormir, ter lazer e viver bem. Aprender a fazer escolhas e saber que não há céus sem estrelas e tempestades. Dormir o suficiente para repôr as energias físicas e psíquicas gastas no dia anterior. Elaborar projetos de vida que controlam a emoção. Saber que sonhos não são desejos e eles são intenções superficiais. Planejar o futuro: pensar a médio e longo prazo. Superar a necessidade neurótica do mecanismo de recompensa imediata e compreender que sonhos sem disciplina produzem pessoas frustadas; disciplina sem sonhos produz autômatos, que só obedecem a ordens. Você teria coragem de subir num avião e fazer uma longa viagem, sabendo que o piloto tem poucas horas de voo, ou seja, quase não tem experiência? Você relaxaria se soubesse que ele desconhece os instrumentos de navegação? Dormiria se ele não tivesse habilidades para se desviar de rotas turbulentas, com alta concentração de nuvens e de descargas elétricas? Eu fiz essas simples perguntas para cerca de mais de cem tripulantes das companhias de aviações, quando trabalhava com turismo. É óbvio que todos responderam que se sentiriam completamente desconfortáveis. Muitos nem sequer ousariam pisar nessa aeronave. Então, surpreendi-os ao afirmar que embarcamos diariamente na mais complexa das aeronaves, comandada por um piloto frequentemente despreparado, mal equipado e mal educado e, portanto, sujeito a causar inúmeros acidentes. A aeronave é a mente humana e o piloto é o eu.

Se você entrar num avião de última geração, ficará perplexo com a quantidade de instrumentos de apoio à navegação. Mas do que adiantam tais instrumentos se o piloto não souber usá-los? Do que adianta o eu ter recursos para dirigir o psiquismo ou o intelecto se, durante o processo de formação da personalidade, não aprender o básico sobre esses instrumentos, nem desenvolver as mínimas habilidades para operá-los? Estamos na era primitiva da compreensão sobre os papeis e a estruturação da mente. Suas funções mais básicas não são trabalhadas pelo sistema acadêmico. Nosso eu nem sequer exerce controle de qualidade sobre os pensamentos perturbadores e antecipatórios, sobre a ansiedade, a impulsividade, a intolerância, o radicalismo, o extremismo. Não qualifica emoções fóbicas, angústia, raiva, ódio, inveja, ciúme, irritabilidades e impaciência.


Você conhece as emboscadas produzidas pelos fenômenos psíquicos? Seu eu é um bom protetor da sua emoção? É qualificador dos seus pensamentos ou os deixa soltos, esperando que se dissipem espontaneamente? Tem consciência de que a abertura ou fechamento das janelas da memória podem produzir uma masmorra psíquica mais dramática do que a de um presídio de segurança máxima? Uma empresa, por menor que seja, precisa de um gerente financeiro e de gestão de qualidade de seus produtos e processos, caso contrário, poderá ir à falência. Mas por incrível que pareça, a mais complexa das empresas, a mente humana, não possui um executivo maduro um gerente atuante. Não é à toa que grande parte das pessoas tem uma serie de sintomas psíquicos e psicossomáticos que indicam e até gritam que a “empresa psíquica” está indo à bancarrota. E elas quase nada fazem para reciclar sua vida.

O grande desafio das escolas do ensino fundamental à universidade não é preparar pessoas para o mercado de trabalho, mas prepará-las para o mercado psíquico. Ninguém brilhará no teatro social se primeiramente não brilhar como pensador no teatro psíquico. Os brilhantes pensadores como Sócrates, Platão, Aristóteles, Spinola, Hegel, Marx, Freud, Einstein, dentre outros, não tiveram a oportunidade de estudar os papéis do eu. Eles intuitivamente construíram brilhantes ideias, mas a compreensão do eu como gestor psíquico ficou obscura. Se estudarmos os papéis do eu e potencializarmos suas habilidades, teremos mais possibilidades de reciclar nossa história.

Seremos menos deuses e mais humanos. Teremos menos necessidade de evidência social e mais necessidade de contemplar as coisas simples. Seremos menos assaltados pela necessidade neurótica de poder e teremos mais necessidade de contribuir para os outros no animato. Julgaremos menos e abraçaremos mais. Cobraremos menos de nós mesmos e dos outros e nos doaremos mais. Seremos mais flexíveis e menos radicais. Falaremos mais de nós mesmos, sem medo de sermos tachados de loucos, insanos, débeis. Seremos mais ousados para libertar o imaginário e propôr ideias e menos servos da timidez. Seremos menos vitimas das angústias, fobias, inseguranças e mais promotores do júbilo e da liberdade. Pensaremos mais como espécie e menos como indivíduos.

Freud e alguns teóricos do passado diziam que nos primeiros anos de vida, em especial até os cinco, seis ou sete anos, vivenciamos os traumas que serão a base dos transtornos psíquicos no futuro. E esses traumas não poderão ser modificados, a não ser por processos terapêuticos. Mas à luz da compreensão do eu como autor da própria história e do sofisticadíssimo processo de construção dos pensamentos, podemos adoecer em qualquer época, mesmo tendo vivido uma infância saudável. Podemos ser frustados nas mais diversas áreas por não aprendermos a lutar por nossos projetos de vida.

A vida é sempre uma janela aberta para colher e ver muitas coisas que vêm da memória. Essa janela tem um poder de observar o mundo através da imaginação.

Autor (M. P. S.) 

domingo, 5 de novembro de 2017

Nem-nem ou ENEM?



Queridos leitores, esta matéria é para esclarecer as diferenças entre as palavras a serem discutidas: nem-nem e ENEM. A primeira está associda aos jovens que não trabalham, não estudam e não fazem nada que contribua para seu futuro e o da nação. Esses jovens vivem nas periferias das grandes cidades com falta de interesse para galgar um futuro melhor e promissor. Esses jovens são excluídos da sociedade por falta de emprego, educação, alimentação, por conta da má gestão do alto escalão dos governos federais, estaduais e municipais.

Hoje, dia 05.11.2017, estão sendo realizadas as provas do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, com milhões de jovens que se prepararam para estar disputando uma vaga para cursar em uma instituição de Ensino Superior e viver melhor. Ao contrário dos nem-nens, que vivem sem nenhuma expectativa de vida, muitos deles drogados nas ruas e becos, assaltando, trocando tiros com a policia, muitos matando nocentes que moram em comunidades e adjacências, vitimadas por engano.

Como escritor, não posso culpar os mesmos sem achar quem são os principais culpados, os governos que vivem às custas das misérias dos pobres, roubando o dinheiro do país sem olhar para as massas que vivem na linha da pobreza, sem estudo, trabalho, alimentação e moradia digna de um ser humano.

O Enem foi criado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para testar o nível de aprendizado dos alunos que concluiram o Ensino Médio no Brasil. Atualmente, os resultados obtidos no Enem ajudam os estudantes a ingressar em universidades públicas ou a ganhar bolsas de estudo em instituições particulares. Esses estudantes se preocupam com este ensino já a partir dos seus 14 anos de idade. Eles já começam a vinslumbrar as profissões de seus interesses.

Hoje no Brasil o ENEM substitui do antigo e perigoso vestibular que era considerado uma guerra para os estudantes, principalmente de classe média alta. O antigo vestibular era uma verdadeira tortura para os estudantes e os pais, que faziam questão dos filhos cursarem Medicina ou Direito, para o exibirem como um troféu diante a sociedade. O MEC criou o Enem para dar uma chance aos alunos das escolas públicas, para que tivessem uma quantidade maior de vagas, já que o ensino é considerado mais fraco do que o das escolas particulares. Sendo assim, houve um crescimento na quantidade de alunos pobres nas universidades em todo o país. Esta foi uma mudança positiva para os excluídos, mas ainda há muita safadeza nas provas, pois em todos os anos há quadrilhas que negociam gabaritos, tomando a vaga de quem estudou o ano todo pagando cursinho e se dedicando para fazer uma boa prova.
Termino te perguntando: você, caro leitor, é nem-nem ou faz parte do Enem? Você trabalha, estuda e luta pelos seus objetivos? Vamos esquecer os políticos ladrões do povo brasileiro e fazer nossa parte para tentar ter algo em nossas vidas, sem roubar os direitos dos outros. Que Deus nos a abençoe.

Autor (M. P. S.)